Uma das coisas que o ser humano mais gosta de fazer é comparar!
E outra à qual não consegue resistir é ter pressa!
Não quero com isto dizer que sejam aspetos negativos, mas, tal como tudo na vida, devemos relativizar.
A maternidade é um alvo perfeito para a comparação e para a pressa!
Começa logo com a gravidez! Comparamos o tamanho da barriga ou o formato da barriga, quando ainda “não temos barriga”, queremos que ela cresça, quando ela realmente cresce, sentimo-nos enormes e queremos que o bebe nasça :) penso ser normal… a insatisfação com o presente e a curiosidade em relação ao que nos espera. Quando o bebé nasce, o padrão tem tendência a ser mantido. Quem nunca ouviu: “ainda não gatinha?”; “Ainda não anda? É um bocadinho preguiçoso”; “com esta idade e ainda não fala?”…
Estes e outros comentários e comparações são muitas vezes desagradáveis e causam insegurança aos pais, apesar de serem ditos por pessoas que NÃO SÃO ESPECIALISTAS no desenvolvimento da criança… são apenas a comparação com a sua própria vivência.
As crianças não têm todas o mesmo ritmo de desenvolvimento. E não desenvolvem todas as áreas ao mesmo tempo. Uns desenvolvem a fala mais cedo, enquanto outros são muito mais físicos. O importante é perceber se há comportamentos desajustados e ter a noção de que o desenvolvimento normal tem períodos bastante alargados. Por exemplo: os bebês começam a andar em média aos 13 meses, mas podem dar os primeiros passos antes de fazerem 1 ano ou aos 18 meses. Contudo, devemos estar atentos e sempre que algo nos inquieta, procurar informação fidedigna ou consultar o pediatra.
Outras vezes, somos nós próprios a carregar no acelerador: “porta-te como um menino crescido”, “não sejas bebé “… claro que as intenções não são más, mas… calma!
Temos tão pouco tempo para sermos crianças e tanto tempo para sermos adultos! :)
É importante escolhermos as palavras que usamos com os nossos filhos. Elas podem transmitir confiança e valorização ou insegurança e ansiedade… Igualmente importante é aproveitar o presente, e não estar constantemente a querer o que vem a seguir.
Vivemos numa sociedade em que o stress nos atinge de inúmeras maneiras, contudo, cabe a nós escolher a forma como queremos viver e o que queremos transmitir aos nossos filhos!
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