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A Fibromialgia, por Maria João Andrade

O que é:

A fibromialgia é uma doença que se caracteriza pela dor músculo-esquelética generalizada, difusa, muitas vezes migratória e pode variar de intensidade. Pode acompanhar-se de formigueiros, sensação de adormecimento, tremor, sudação e sensação de rigidez de articulações e músculos.

A dor agrava com o frio, com alterações do sono, e em períodos de maior stress, preocupações ou angústia.

Afeta cerca de 2-4% dos adultos, sendo mais frequente em mulheres.


Origem e causa:

A origem e causa da fibromialgia não são muito claras. Pensa-se que existe um aumento da sensibilidade à dor, devido a alterações dos neurotransmissores e do processamento da dor, tanto a nível do sistema nervoso periférico como do sistema nervoso central.

O stress psicológico (preocupação, ansiedade) favorece este mecanismo, além de aumentar também a tensão que se transmite aos músculos, aumentando a dor.

A Fibromialgia, também referida como FM é uma síndrome, por se tratar de um conjunto complexo de sintomas que à priori não parecem estar interligados. Esta afeta inúmeras partes do corpo o que leva a uma maior dificuldade em diagnosticar esta enfermidade. Uma das características essenciais da Fibromialgia é também a existência de áreas sensíveis à pressão chamadas pontos dolorosos. Estes pontos dolorosos (18) localizam-se em áreas bem identificadas sobre músculos, tendões e tecido adiposo e distribuem-se generalizada e simetricamente.


Sintomas:

Além da dor músculo-esquelética, são frequentes outros sintomas:

- A nível da qualidade do sono, devido a uma diminuição do níveis de serotonina, pode haver dificuldade em adormecer ou despertares noturnos frequentes, ou dormir a noite toda, mas não ser um sono reparador levando a que de manhã se sinta um grande cansaço e fadiga.

- Falta de força e vontade para realizar as tarefas diárias, cansaço intenso e sensação de esgotamento físico, o que acaba por diminuir a concentração, défice de memória e distração fácil.


Além destes sintomas, outros que também podem estar associados são:

- Intolerância ao frio e/ou ao calor;

- Síndrome colon irritável;

- Enxaqueca ou cefaleia de tensão;

- Dores menstruais;

- Bexiga hiperativa;

- Depressão.

- Dormência e formigueiro nas extremidades

Estes sintomas são muitas vezes agravados por fatores externos (stress, frio, humidade, ruído, mudanças climatéricas e excesso de esforço) e fatores internos (ansiedade, depressão e variações hormonais).


Tratamentos:

Podem ser farmacológicos e não farmacológicos. O seu objetivo é aliviar a dor, reduzir a ansiedade, melhorar o sono e melhorar a qualidade de vida para manter uma boa atividade física, social e familiar.

Tratamento não farmacológico:

- Educação do doente: é um ponto fundamental do tratamento. O doente deve ter consciência da importância que o stress, as preocupações e a angústia têm como fatores desencadeantes e de agravamento da fibromialgia, devendo controlá-lo

- Relaxamento psicológico: levar uma vida mais tranquila, reduzir o stress, resolver conflitos

- Regularização do sono: deitar-se a horas regulares, mantendo o quarto escuro e tranquilo

- Prática regular de exercício físico: essencial, uma vez que reduz a intensidade da dor e da fadiga (os sintomas que os doentes consideram mais incapacitantes), assim como diminui a tensão muscular, o stress e a ansiedade, facilita o sono, favorece a coordenação motora para as atividades diárias, melhora a qualidade de vida. Alguns exercícios recomendados são a hidroginástica em piscina aquecida, a ginástica aeróbica, o Yoga, o Tai-Chi e Pilates.

Tratamento farmacológico:

Os medicamentos são utilizados com base nos sintomas e ajudam a reduzir a dor, a melhorar o sono, a fadiga, o cansaço, a ansiedade e a depressão. Os fármacos mais usados no tratamento da fibromialgia são:

- analgésicos

- relaxantes musculares

- antidepressivos


A fibromialgia não deforma as articulações, não compromete órgãos internos, não necessita de intervenções cirúrgicas e não retira um dia de vida ao doente, mas pode dar dor e afetar a qualidade de vida. Saber isto pode tranquilizar os doentes.

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