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  • Foto do escritorGinásio Pilates Fitness

A minha 2ª gravidez

Sempre senti que a melhor “coisa” que poderia dar ao meu filho, era um irmão!

Talvez por ter, desde bebé, uma relação espetacular e muito próxima com o meu irmão, gostava que o meu filho tivesse a oportunidade de viver essa cumplicidade de ter um irmão. Claro que existem imensas variáveis que não são possíveis de controlar, como o não haver a possibilidade de esse irmão vir a existir ou, existindo, de se darem mal… mas não sendo a negatividade ou o medo que me move, aqui estou eu, grávida de 28 semanas (6,5 meses aproximadamente).


Felizmente, até ao momento, está tudo a correr bem.

Para quem me conhece bem, sabe que gosto de aproveitar todas as situações para aprender e aproveito a vivência dos outros para aprender. Por isso, é impossível não comparar as duas gravidezes, não no sentido de determinar qual foi melhor, mas para melhorar a segunda com o que aprendi durante a primeira.


A primeira gravidez foi muito fácil! Fisiologicamente não houve problema nenhum, sintomas de gravidez (cansaço, enjoos… os desagradáveis) praticamente nenhuns, barriga que cresceu bem devagar permitindo manter a agilidade durante quase todo este período, tive tempo para mim mantendo a minha rotina de exercício físico regular. Estava tão confortável para mim e para o bebé, que tivemos que recorrer a uma cesariana para o fazer nascer. Confesso que me senti um pouco frustrada por “não ter conseguido”, mas na realidade o importante é ele estar cá fora e ser saudável. Isso sim é uma benção! Tudo o resto são, muitas vezes, pressões sociais.


A segunda gravidez acontece aos 42 anos (quase 43). Fiquei tão contente que nem acreditava! Estatisticamente a partir dos 40 há uma grande alteração hormonal, pelo que os cuidados médicos são redobrados. A probabilidade de mutações genéticas também estão aumentadas, criando aquela ansiedade na espera dos resultados dos exames. Ter conhecimento que é muito mais comum do que pensamos, acontecerem problemas durante a gestação e esta não ser levada até ao fim, associado ao “tempo limite” de fertilidade (que é sempre uma incógnita) por parte das mulheres, faz surgir o pensamento de que “se esta não resultar posso não conseguir outra”… juntando o cansaço incapacitante que sentia só de me levantar e a barriga que quis aparecer logo desde muito cedo dificultando as funções no trabalho… dei comigo na corda bamba das emoções: encontrar o equilíbrio entre não ser consumida pelo medo e ansiedade e tentar aproveitar esta fase mantendo os pés na terra.


Sabem o que foi a tábua de salvação?

O meu filho!


Ponto 1: o meu estado de ansiedade iria alterar o meu comportamento com ele e ele merece que eu esteja presente de forma harmoniosa;

Ponto 2: ele é uma criança que adora mexer-se e brincar, mas ao mesmo tempo tranquilo e muito carinhoso, e associo isso, à calma com que vivi a gravidez dele.


Por isso, comecei a focar-me no que realmente dependia de mim:

  • 1. ter um tempo diário para fazer o que eu mais gosto: treinar! Porque me equilibra!

  • 2. Ter tempo de qualidade com o meu filho! Porque ele merece, porque eu adoro estar com ele!

  • 3. Conseguir deixar trabalho para amanhã: porque o dia não estica, e se não for urgente, não vai fazer diferença. E fez toda a diferença!!!

Em relação às sensações físicas que estava a sentir, resolvi consultar uma fisioterapeuta pélvica. Sentia a barriga muito pesada e tensão na zona pélvica (logo desde manhã) e a partir da 17ª semana, a barriga deu um pulo, e de repente, “deixei de sentir” o abdominal. Além disso, gostava de ter um parto vaginal e sei agora que a fisioterapia pélvica poderá ajudar nesse sentido. Para a primeira questão, ativar o abdominal com a respiração foi a solução. Para a segunda, eu faço os alongamentos e fortalecimento que costumo fazer, mas focando nos músculos chave, enquanto ela faz a manipulação e relaxamento da musculatura mais profunda.

Confesso que ao início tive alguma dificuldade em gerir as peripécias que o trabalho me tem pregado, ter tempo para a família e as incertezas inerentes à gravidez. Houve alturas em que me senti completamente sozinha… Definir a forma como quero viver, não só a gravidez mas a vida, e arranjar estratégias para conseguir isso, fez toda a diferença.


Estou feliz por ter encontrado o que precisava: olhar para as coisas com mais simplicidade, ver com mais clareza e aproveitar o dia a dia.

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