top of page
Foto do escritorGinásio Pilates Fitness

Exercício Físico: Mas será que tem assim tantos benefícios como toda a gente faz parecer?

Hoje trago-vos um texto um pouco diferente daquilo a que já estão habituados(as) da minha parte. O texto de hoje não será tão científico mas será uma abordagem mais práctica a esta temática (mas sempre com base na evidência científica!).

“Então mas será que o exercício físico terá assim tantos benefícios?”

Creio que toda a gente sabe que a resposta a esta pergunta é “SIM!” mas talvez não conheçam muitos destes benefícios. A verdade é que a práctica regular de exercício físico não ajuda apenas a manter/perder peso, mas tem muitas outras vantagens para o nosso dia-a-dia. Além dos efeitos hormonais que produzem uma sensação de bem estar geral, também nos ajuda a dissipar o stress, fortalece o nosso sistema imunitário e ajuda a prevenir o aparecimento de diversas doenças. Talvez o benefício que se veja a aparecer mais rapidamente é a facilidade que temos em desempenhar tarefas no nosso dia-a-dia (ou talvez até uma diminuição do desconforto em determinadas actividades). Isto acontece porque a nossa coordenação aumenta e, sem grandes ganhos a níveis musculares, ganhamos força.


“Tenho muito peso. Se me mexo muito as minhas articulações vão sofrer.”

Infelizmente isto é uma desculpa que ainda é bastante utilizada hoje em dia. No entanto quem a utiliza é porque não conhece um dos princípios mais importantes do treino: a individualidade. Todos os exercícios que existem têm variações que podem ser utilizadas de modo a aumentar ou diminuir a dificuldade. Se não podemos fazer um exercício em pé, porque não o fazer sentado ou ajoelhado? É uma adaptação simples que permite manter o estímulo de actividade física, reduz o impacto nas articulações e, se tiver uma progressão correcta, ajuda a aumentar a tolerância das nossas articulações aos impactos.

Além disto, a práctica regular de actividade física (desde que seja correctamente planeada) aumenta a quantidade de massa muscular que temos no nosso organismo. Mas será que isto tem impacto ao nível do peso? Claro que sim. Embora a massa muscular seja mais densa que a massa gorda, também apresenta uma actividade metabólica superior, o que irá aumentar a nossa taxa metabólica basal. Ou seja, quanto mais massa muscular temos, mais calorias gastamos sem fazer nada, e consequentemente, mais calorias gastamos a realizar uma determinada actividade (e esta, hein?).


“Mas estou cheio(a) de dores nas costas. Se mal me mexo, como é que vou treinar?”

Infelizmente ainda existe muita gente na área da saúde que aconselha as pessoas que têm dores a mexerem-se o menos possível. Isto não podia estar mais errado. A verdade é que para muitos casos de dor não específica (dor que não tem uma causa aparente do ponto de vista mecânico) o exercício é das melhores coisas que se pode fazer. No entanto convém que se perceba qual a causa da dor e que o exercício seja prescrito por um profissional de saúde devidamente qualificado (Fisioterapeuta). As terapias passivas cada vez mais se mostram inferiores em relação ao exercício para o alívio deste tipo de dores. Assim sendo, toca a mexer!


“Torci o pé! Não consigo andar. Como é que espera que eu treine?!”

E então? Não temos 2 braços, 1 tronco e 2 pernas? Só porque me lesionei num sítio isso impede que eu treine outro? Claro que não! Se me dói o tornozelo ou o joelho, isso não me impede de treinar a outra perna, as costas, os ombros... Afinal, reabilitação é isto mesmo: arranjar formas de treinar à volta da lesão, ao modificar exercícios e a posição em que estes são realizados. Além disto o treino durante a lesão tem diversos benefícios. Em primeiro lugar, ajuda a acelerar o processo de regeneração dos tecidos. Em segundo lugar, o treino do membro oposto ao lesionado também provoca aumentos de força no membro não treinado. Ainda não estão convencidos que se deve treinar durante uma lesão? No entanto este tipo de treino deve ser programado por alguém (Fisioterapeuta) que tenha conhecimento dos processos de lesão e das características dos vários tecidos envolvidos. Mas é preciso ter atenção que nem todos os Fisioterapeutas têm conhecimento sobre metodologia do treino (o que poderá fazer com que em vez de ter estes benefícios, simplesmente agrave a lesão), assim como a maior parte das clínicas não possuem equipamentos que o permitam fazer. Devem então procurar um local de qualidade onde este tipo de serviços seja prestado.


Sem mais nada para dizer neste momento, espero que a leitura tenha sido do vosso agrado!

Até à próxima publicação,

André Romão


45 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comentários


bottom of page