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Maio, mês do trabalhador, mês da mãe... será coincidência?

Uma mãe tem mil e uma profissões.

Trabalha fora, trabalha em casa, mas ainda tem espaço para ser:

  • uma sopradora de bolas de sabão

  • uma contadora de histórias

  • uma cozinheira chef

  • uma ladra de beijinhos

  • uma cabeleireira

  • uma cantora de música infantil

  • uma enfermeira que cura com colo

  • uma caçadora de monstros

  • uma especialista a limpar rabos

  • uma escultora de plasticina

  • uma stylist

  • um árbitro

  • uma psicóloga

  • um cavalo

  • motorista particular

  • negociadora de conflitos

  • um lenço de papel ambulante

entre muitas outras coisas que neste momento não me vêm à cabeça por a ter cheia com mil e uma coisas entre o trabalho, os dias em que tenho que mandar as miúdas de fato de treino, o final do mês para não me esquecer de pagar a escola, comprar a fita de cor amarela que me pediram para o ballet, verificar a mochila delas a ver se não há nenhum recado, comprar lápis de carvão sem falta porque parece que elas os comem...


Ser mãe, é maravilhoso, mas é preciso não haver vergonha nem julgamentos quando se diz que estamos ESGOTADAS!


É um trabalho a tempo inteiro, que exige o nosso melhor, e ainda nos desafiam com birras e ouvidos que teimam em nos ouvir na melhor das hipóteses à quinta vez. Parece que temos que sobreviver a tudo isto com um sorriso nos lábios, porque um dia vamos ter saudades. Vamos pois, mas até lá, deixem nos reclamar!


Deixem nos dizer que esta carga maluca que temos em cima por vezes é exasperante. E que muitas vezes tenho que fazer das tripas coração para não gritar, e me manter nos padrões de educação em que acredito quando a minha filha se recusa a comer porque não era assim que eu devia ter cortado a maçã.


Vamos acabar com esta ideia de mãe fofinha que tudo suporta.

Nós podemos ser mães fofinhas e ter vontade de chorar na casa de banho de vez em quando, isso só faz de nós humanas. As mães não são super heroínas - não romantizem a maternidade -, a maioria das mães são pessoas esgotadas que tudo fazem para os seus filhos terem o melhor delas.


Precisamos da liberdade de nos sentirmos cansadas sem culpa, queremos que a sociedade saiba, que podemos ter dias em que nos apetece fugir, mas que não há ninguém no mundo que ame mais os nossos filhos que nós


Blog Oh Mamã

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