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Maternidade e trabalho: o equilíbrio necessário, por Andreia Sécio



Isto de mudar de emprego tem-me levado a pensar sobre a conjugação entre o trabalho e a maternidade. Com uma mudança destas, assumindo que o nosso entusiasmo é grande e que queremos vingar na área profissional, conciliar estes 2 mundos pode ser o maior desafio de todos.



Acho que o problema está no facto de querermos dar o melhor nestes 2 campos, não querendo falhar em nenhum. É aqui que está a maior dificuldade. Por um lado, queremos tempo e disponibilidade para nos dedicarmos ao nosso trabalho e completar todas e mais algumas tarefas num só dia, porque sabemos que no dia seguinte, os afazeres e as solicitações serão, de novo, mais do que muitas. Por outro lado, queremos ir buscar os nossos filhos cedo, para tratar dos banhos, do jantar, preparar tudo para o dia seguinte e ainda aproveitar o tempo para, simplesmente, estar com eles. Com 24 horas num dia, tudo isto se torna incompatível e ficamos, inevitavelmente, frustradas por não conseguir dar 100%, nem com uns, nem com outros.


Além da frustração, somos assaltadas também com a culpa (o maior inimigo das mães):


Culpa de não ser a profissional dedicada e totalmente focada. Culpa de não ser a mãe perfeita que consegue cumprir com todos os requisitos de cuidados às suas crias e ainda tem oportunidade de brincar com elas. Culpa de quem fica aquém a todos os níveis, adicionando a falta de cuidado consigo própria, descurando exercício físico, ou hobbies que possam ajudar a encontrar-se.

Só as mães sabem como é essencial ter o tempo, que não têm, para se encontrarem. Ao contrário, ficam perdidas entre o trabalho, a família e a casa. Vão-se consolando com a crença de que estão a fazer a sua obrigação e que um dia, quem sabe, encontrarão esse tempo.


O difícil equilíbrio entre a maternidade e o trabalho é, para a grande maioria das mães, uma realidade duradoura e pesada. Talvez tenhamos de nos disciplinar mais. Talvez tenhamos de envolver mais os pais e não esperar que sejam eles a tomar a iniciativa de não serem só uma ajuda, mas parte integrante da responsabilidade. Talvez tenhamos de ser mais egoístas e pôr-nos, algumas vezes, em primeiro lugar.


Muitos “talvez” que ainda estou a estudar e que vão no pensamento da maioria das mães que conheço. Da boca de quantas mães já ouvi dizer que se sentem engolidas pelas suas obrigações, sem conseguirem descansar, respeitando o que os seus corpos exigem?


Sei que não estou sozinha nisto. Sei, também, que algumas mães já encontraram a sua forma de equilibrar estes 2 mundos, mas são poucas.


Prometo que, quando encontrar o meu espaço partilho convosco as regras de ouro.

Por enquanto, vou focar-me em não deitar a toalha ao chão, mas sim tirar o máximo de proveito de filhos e trabalho, mesmo que não consiga alcançar a performance por mim desejada, quer num lado, quer no outro.

Quando não se consegue o ideal, o ótimo terá de ser o suficiente.


AS

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