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O sono

Um sono reparador é fundamental para a sua saúde e constitui um dos três pilares para uma vida saudável, conjuntamente com uma dieta equilibrada e a prática de exercício físico regular.

As doenças do sono são frequentes e têm impacto sobre a qualidade de vida e sobre a saúde, associando-se a um risco cardiovascular aumentado. Apesar de muitas destas doenças serem preveníveis e tratáveis, estima-se que menos de um terço dos doentes procure ajuda médica.

O sono tem uma função muito importante no funcionamento do seu organismo. Cada ser humano tem um padrão próprio de sono - uns poderão ter necessidade de dormir mais cedo, outros mais tarde.

Também o despertar natural é variável de pessoa para pessoa: uns gostam de acordar cedo, outros têm necessidade de dormir até mais tarde. O padrão de sono é variável de pessoa para pessoa e é regulado por um relógio interno, variável de pessoa para pessoa.

Os seres humanos têm este relógio programado para estarem acordados durante o dia, quando existe luminosidade e dormir de noite, quando a luminosidade está reduzida ou inexistente. O cérebro tem um ciclo de sono e um ciclo de vigília (estar acordado) que alternam entre si nas 24 horas.

A este ritmo de sono/vigila de cada pessoa chama-se ritmo circadiário.

O sono é também condicionado pelo tempo que dormimos nas 24 horas. Se dormimos mal uma noite, teremos de dormir no dia seguinte para repor o equilíbrio. A regulação do sono está dependente de mecanismos internos e por condicionantes externos. O sono ocupa cerca de 1/3 da vida de cada um de nós.


Muitas pessoas apresentam problemas de sono, sendo a perturbação mais frequente a insónia, que afeta cerca de 10 – 15% da população. Não há dúvida de que depois de dormirmos, sentimo-nos mais alerta, mais felizes, e com melhor capacidade para funcionar.

Existiram várias teorias sobre a função do sono. Atualmente a teoria mais aceite explica que o sono permite mudanças na estrutura e organização cerebral a que se chama plasticidade cerebral. É conhecido o papel do sono no desenvolvimento do cérebro dos bebés e das crianças.



Normalmente o sono é dividido em dois tipos:

- NREM: Sono do movimento não rápido dos olhos

- REM: Sono do movimento rápido dos olhos.

Baseado nas alterações encontradas no EEG o sono NREM é dividido em 4 fases (1,2,3,4).

Estes dois estádios e fases vão-se repetindo durante o sono e ocorrem em ciclos alternados, num total de 4 a 6 ciclos. Num adulto jovem o sono NREM ocupa cerca de 75 a 90% do tempo de sono e o sono REM durante 10 a 25% do tempo de sono.

De acordo com a Fundação Nacional de Sono (USA) ao longo da vida a duração do tempo de sono tende a diminuir com a idade.


Alguns dos distúrbios do sono mais comuns são:

Apneia do sono

A apneia do sono é a condição na qual a pessoa apresenta paradas respiratórias durante o sono, causadas por uma diminuição no espaço da faringe (tubo pelo qual entra o ar que respiramos).

Bruxismo

O bruxismo é o apertamento ou ranger dos dentes que costuma ocorrer durante o sono, mas que também pode acontecer durante o dia.

Enurese noturna

A enurese noturna pode ser definida como uma micção involuntária durante o sono, pelo menos duas vezes por semana, em uma idade na qual o controle da urina normalmente está presente.

Narcolepsia

A narcolepsia ocorre quando há uma alteração da regulação da fase de sono REM, a pessoa costuma pegar no sono repentinamente e em diversas ocasiões, como numa mesa de bar ou durante o expediente no trabalho.

Paralisia do sono

É a perda temporária da capacidade de movimentar os músculos

Ronco

Ele acontece quando existe uma diminuição do espaço pelo qual o ar passa.

Síndrome das pernas inquietas

A síndrome das pernas inquietas, como o próprio nome diz, é uma doença em que a pessoa sente uma vontade incontrolável de mexer as pernas involuntariamente.

Faz parte das parassonias, que são a classe de comportamentos inadequados durante o sono.

Sonambulismo

O sonambulismo acontece devido a uma ativação de partes do cérebro em momentos inadequados, principalmente quando a pessoa está a dormir.

Como consequência de um sono não reparador, os doentes sentem frequentemente cansaço ao acordar, sonolência diurna excessiva (que acontece muitas vezes durante o exercício da sua profissão ou durante a condução), alteração da memória e concentração e por vezes diminuição da libido. A sonolência diurna exagerada pode ter consequências graves, relacionando-se com aumento de acidentes de trabalho e acidentes de viação.

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