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ORTOREXIA E VIGOREXIA – QUANDO MAIS É MENOS

Uma alimentação saudável e exercício físico regular fazem bem à saúde.

Todas as pessoas querem ter um corpo jovem e atraente e para isso tentam ter uma dieta saudável e praticar exercício físico, uma vez que são marcadores de boa saúde, de energia e vida boa, contrariando a fragilidade emocional, preguiça e pouca atratividade de quem não tem cuidados com o que come nem pratica exercício físico.

Este comportamento para melhorar a saúde e prevenir futuras doenças é correto e todos nós o deveríamos ter, mas se nem sempre for assim? Quando este comportamento for levado longe demais?

Existem “novas” perturbações, quer do comportamento alimentar, quer do cuidado com o corpo que comprometem a saúde e bem-estar, doenças disfarçadas de saúde.


Ortorexia “orexsis” (apetite) “orthós” (correto)


A ortorexia é a obsessão pela comida saudável até um nível patológico. O foco principal é apenas ingerir alimentos considerados “bons” e saudáveis (não tem relação como peso ou as calorias), levando a restrições que podem desenvolver carências nutricionais, como anemia, desnutrição, déficit de vitaminas e minerais com a quantidade e tipo de alimentos, conduzindo a muitas consequências físicas, podendo levar mesmo, a internamento para um reajuste nutricional. A pessoa que sofre de ortorexia preocupa-se de tal modo com a alimentação que as outras dimensões da sua vida ficam em segundo plano. É caracterizada por um planeamento rigoroso das refeições, por vezes, até com dias de antecedência, levando a sua própria refeição ao sair de casa, adotando regras cada vez mais restritas, e pela exclusão de alguns alimentos tidos como "maus", "contaminados" ou "impuros", como gorduras, aditivos ou glúten, podendo chegar à abstinência ou isolamento, uma vez que, muitas das situações em que interagimos com amigos e familiares envolvem comida. Só que, para o ortoréxico, não seguir uma dieta regrada é sinónimo de pouca ou nenhuma força de vontade.

Como em todos os distúrbios do comportamento alimentar, o primeiro passo é admitir que existe um problema e a melhor opção é procurar ajuda junto de um profissional com experiência nesta área, perceber as causas emocionais e psicológicas subjacentes ao problema e tentar restaurar o equilíbrio e a moderação.


Vigorexia “vig[or” “óreksis” (apetência)


A Vigorexia é a obsessão pelo corpo em boa forma física até um nível considerado patológico.

Assim como a anorexia, há uma distorção da imagem corporal. Na anorexia, mais comum no sexo feminino, as mulheres sentem-se sempre gordas, já na vigorexia, mais comum nos homens, o corpo é sempre visto como em baixa forma, magro, com pouca musculatura, levando a uma autoestima baixa. Esta obssessão pela boa forma física, leva a que se ingiram quantidades excessivas de proteínas e hidratos de carbono, numa procura de uma maior tonicidade muscular, e também o consumo excessivo de suplementos alimentares e mesmo esteróides. Esta insatisfação constante com o corpo e a procura por mais ganho de massa muscular, pode, ainda, ser acompanhada de outros transtornos como o alimentar, a ansiedade social, instabilidade emocional ou neuroticismo e depressão.

Assim como na ortorexia, na vigorexia a vida social fica prejudicada, pois a preocupação em atingir o corpo perfeito impede a pessoa de aproveitar momentos de relaxamento com os amigos, nos quais é comum ter um tipo de alimentação que prejudica seus objetivos.

Outra consequência possível é a pessoa fazer ingestão de anabolizantes, que apesar de colocarem em risco sua saúde, ajudam a conquistar os objetivos de forma mais rápida. Tal conduta pode levar ao aumento da ansiedade e depressão, interferir na fertilidade masculina, além de colocar em ameaça sua vida, com maiores hipóteses de sofrer um enfarte do miocárdio, insuficiência renal, trombose e cancro.


O acompanhamento psicológico é fundamental para ajudar pessoa a restabelecer a sua qualidade de vida, recuperar a autoestima, trabalhar a autoaceitação, sendo para isso necessário, conhecer o motivo que a levou a desenvolver este tipo de transtorno.


Maria João Andrade

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