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Próxima Paragem: Itália

A primeira vez que fui a Itália foi para fazer um circuito pelo norte do país.

Não estava a pensar sequer fazer uma viagem na altura, mas assim que aquela promoção me caiu no e-mail da agência não resisti. Liguei a uns quantos amigos... E lá fomos todos aproveitar! Fomos de Lisboa diretos ao aeroporto de Milão, e daí levaram-nos para Verona, a romântica cidade de Romeu e Julieta. Como já era de noite, e estávamos com pouco tempo, só deu para uma voltinha rápida e um jantar mais rápido ainda. De novo no autocarro fomos em direção a Veneza, onde fomos passar a noite ao Lido de Jesolo, uma zona balnear perto de Veneza.

No dia seguinte é que a viagem propriamente começou. Uma caminhada ao longo da praia foi mais do que suficiente para despertar e dar energia para os dias longos, mas cheios de locais bonitos, que iríamos visitar. Foi ao longo das visitas a Veneza, Pisa, Pádua, Florença... E no final de novo Milão que nos fomos apercebendo dos hábitos tão peculiares dos italianos ao nível da culinária: A refeição é sempre composta por dois pratos. O primeiro, a que chamam El Primo é sempre de pasta ou pizza. Depois vem então o prato de carne ou de peixe, já sem acompanhamento. As pizzas são enormes, mas com massa muito fina e muito pouco recheadas. Nada semelhante às que estamos habituados em Portugal, muito mais americanas do que propriamente italianas


Os pratos variam entre as pastas, lasanhas e risottos, com diferentes molhos... Desde a simples bolonhesa, até molhos mais elaborados como a putanesca (molho de tomate, azeite e azeitonas), a carbonara (natas, fiambre e cogumelos) ou com gamberini (camarão).

Têm muito o hábito de comer bifes, ou nacos de carne e ao nível do peixe é muito comum as lulas panadas, vulgo calamares.

De sobremesas podemos falar do tiramisu, da panacota, dos profiteroles ou dos canolis... Mas inigualáveis são, sem dúvida, os gelattos. Em Veneza, mas essencialmente em Florença, as gelatarias multiplicam-se. Porta sim, porta sim, encontramos gelatarias com uma imensidão de sabores, cada um com melhor aspecto do que o anterior. São realmente espectaculares...

Ao fim de 10 anos já fui várias vezes a Itália e esse costume dos dois pratos não é assim tão comum, principalmente à medida que andamos mais para sul e até quando chegamos às ilhas. Há, sim, essa opção, mas não é a única... É possível degustar apenas um prato em praticamente todos os restaurantes. Os risottos e as lasanhas são reis... Em Mião, o prato típico é mesmo o risotto à milanesa (feito com açafrão), com osso buco. Já na zona de Roma, e principalmente nas ilhas, os risottos abandonam esta especiaria e são mais apreciados o que são guarnecidos com camarão, lagostim... ou, como eles chamam, el frutti di mare... As pizzas muitas vezes só se encontram ou em pizzarias (onde não há outra opção) ou apenas aos jantares.

Outra opção muito comum junto dos italianos é a comida de rua. Como país de turistas que são (principalmente na zona norte, em que por cada habitante há 2 turistas), e quando há tanta coisa para visitar e pouco tempo, é comum optarmos por comprar alguma coisa rápida para comer enquanto andamos. Assim, nas zonas mais turísticas , é muito comum encontrar várias roulotes e lojas com balcão direto para a rua, onde a montra está completamente repleta de iguarias. São os chamados paninis (as nossas sandes) e são guarnecidos com as mais variadas combinações, que podem ir do simples queijo, a opções mais elaboradas como a beringela grelhada, os pimentos, o queijo com molho de tomate, a cavala ou o salmão. Vendem-se também fatias das mais variadas pizzas e cartuchos com os famosos calamares.

Outra coisa que não pode deixar de provar em Itália são os excelentes pratos de queijos e enchidos, acompanhados com um copo de vinho chianti, caso seja apreciador de tinto, ou de ferentano, caso prefira os brancos, ambos típicos deste país.

Enfim... de Milão à Sardenha, com uma passagem por Roma, uma coisa é evidente: Seja à mesa, ou em passeio, o que importa mesmo em Itália é conseguir aproveitar o espírito do país. Sentir os aromas, reviver os momentos históricos... E usufruir do espírito característico do dolce far niente... tão típico deste país, que por um lado se afoga no passado histórico, e por outro nos lança para a inovação e modernidade das marcas e modas que preconizam o futuro...

Pronta para viajar comigo? Agora já pode... já me conhece... sou a Xana... a prova viva de que... se se deixar ir... a vida arranja forma de só nos levar para bons destinos...

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