Malta é um arquipélago que fica no mediterrâneo central, entre a Sicília e o Norte de África. O país é conhecido pela sua importância na história e apresenta um sem número de fortalezas, templos megalíticos, corredores subterrâneos e imensas igrejas.
Mas o que realmente me fez querer conhecer este país foi o seu descontraído estilo de vida. Com 295 dias de sol por ano, este é um destino que combina história e cultura, com esplanadas que inspiram ao dolce fare niente de dia, animação e espectáculos de noite, mar azul a perder de vista e um povo muito simpático e hospitaleiro!
Estive em Malta no verão de 2018. Passei lá uma semana, e deu para visitar Malta, Gozo e Comino, as três ilhas mais famosas. Aqui, a gastronomia tem muitas influências italianas, mas também gregas e, sendo essencialmente uma culinária mediterrânea, pareceu-me muito semelhante à nossa.
O prato típico da ilha é o Coelho. Aparece na lista de qualquer restaurante maltês, confecionado das mais variadas formas. Apesar de não comer carne, tive de provar a iguaria e optei então por um prato em que o coelho é estufado em lume brando com vinho tinto, cebola e tomate. A carne despega dos ossos ao mais leve toque. Delicioso!
O tomate está também muito presente, à semelhança aliás do que acontece nos
países vizinhos já referidos. Crus, cozinhados, mas também aparecem muito em forma de tomate seco, principalmente a acompanhar as tábuas de tapas, servidas em qualquer bar/pub, compostas por várias amostras do que a ilha tem de mais típico... Escabeche de coelho, os maravilhosos queijos, azeitonas, e o tal tomate seco.
Não me recordo de ter encontrado nenhuma bebida típica da ilha, a não ser claro o vinho maltês, mais leve do que nosso. Apesar da vida noturna ser muito viva, os bares têm temáticas mais americanas, ou eventualmente irlandesas, sendo que as bebidas são as que vemos em todo o mundo.
Ao nível da doçaria, não podemos deixar de referir os inúmeros carrinhos espalhados pela ilha a venderem o tradicional imqaret. Nunca tinha visto nada semelhante. é uma massa frita e recheada com uma pasta de tâmaras. Quem vá a Malta, tem mesmo de experimentar.
Os restaurantes mais típicos estão espalhados por toda a ilha e é relativamente fácil conseguir uma refeição de qualidade, a preços bastante económicos.
As frutas e legumes têm o sabor doce e suculento do clima quente e dos ventos do mediterrâneo. O peixe e o marisco são super frescos, ou não estivéssemos nós numa ilha, e as pessoas que nos servem são super solícitas e estão empenhadas em fazer da nossa refeição, uma experiência inesquecível.
Se pensarem ir a Malta, procurem as alturas mais festivas. Vai havendo várias celebrações religiosas e culturais ao longo do ano, e se há pouco que sabe fazer a festa, são os malteses!
Foi assim que, numa das noites, tive um dos jantares mais bonitos de sempre... Com a chegada à mesa da sobremesa, numa esplanada com vista para o mar, abriram-se no céu milhares de cores num espectáculo de fogo de artifício.
Cada destino tem o seu encanto, e cada viagem tem momentos que nos ficam para sempre na memória. Para mim, neste caso, foi este...
E agora, que já visitámos Malta... estão prontas para seguir viagem comigo?
Agora já podem... já me conhecem... sou a Xana... a prova viva de que... se se deixar ir... a vida arranja forma de só nos levar para bons destinos...
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