O Síndrome das Pernas INQUIETAS é uma doença do foro neurológico, que se caracteriza por sensações desconfortáveis dos membros inferiores, que ocorrem mais no final do dia e noite, sobretudo na cama.
Os tipos de sensações podem ser latejamento, dor, comichão e até uma sensação elétrica, que só com o movimento é que se consegue algum alívio. Estes sintomas podem ser intensos e impedir que a pessoa adormeça ou tendo movimentos periódicos do sono, perturba a qualidade deste, sobretudo quando é com frequência, ou seja, mais do que uma vez por semana.
É uma doença crónica que pode surgir em qualquer momento da vida. Apesar de haver pessoas que começam a sentir ainda em fase infantil, a maioria só é diagnosticada após os 50 anos, com tendência a piorar com o passar dos anos.
Não se sabendo ainda qual a origem da doença, há estudos que apontam para o Sistema Nervoso Central, indicando o envolvimento da dopamina. No entanto, cerca de metade dos casos, o síndrome surge em pessoas da mesma família, o que significa que estamos perante uma doença hereditária e quando assim é, o aparecimento acontece em idades mais jovens.
A neuropatia periférica (lesão dos nervos nas extremidades dos membros), a diabetes, a anemia, o défice de ferro e insuficiência renal, podem estar associados à síndrome das pernas inquietas e por este motivo, estas condições devem ser excluídas nas pessoas com este tipo de patologia.
Apesar de não haver um tratamento de cura, os sintomas podem ser melhorados com fármacos, como por exemplo, medicamentos para a doença de Parkinson, que na maioria dos casos é eficaz, fazendo desaparecer todo o incómodo que este síndrome provoca.