Treinar o corpo humano é um mundo sem fim de opções!
Num contexto de saúde (e não de treino de alta performance em que temos que trabalhar para um determinado resultado desportivo) devemos trabalhar o corpo de forma completa! Temos imensos músculos e tendões, distribuídos por várias camadas, que permitem movimentos em diversas direcções; temos ligamentos a reforçar cada uma das nossas muitas articulações e temos fáscias musculares que envolvem todas estas estruturas.
Cada uma destas camadas tem as suas funções e entra em ação conforme a nossa necessidade de fazer um movimento mais rápido ou de permanecer numa posição ou executar um movimento repetido durante um período longo de tempo. Deste modo, o nosso treino deverá abranger todas estas situações (embora não em simultâneo!).
Nos artigos “Uma outra forma de treinar o core” e “Pilates melhora a vida sexual da mulher” abordei dois métodos de como trabalhar a musculatura profunda.
Hoje trago outro tipo de trabalho da camada profunda: o treino em plataformas instáveis.
O trabalho em plataformas instáveis tem omo um dos principais objetivos estimular, por meio da propriocepção, os órgãos sensoriais localizados nos músculos, articulações, tendões, ligamentos e pele. A sua função é controlar a condução de informações sensoriais para o sistema nervoso central (Campos e Neto, 2008), informando-o sobre a posição das articulações e o nível de tensão necessária para as manter estáveis.
Desta forma, a maioria da literatura associa o treino da propriocepção ao treino com plataformas de instabilidade.
Mas… o que é o treino proprioceptivo?
Propriocepção é definida como a sensação de movimento (cinestesia) e posição (senso posicional) articulares, baseada em informações de outras fontes que não seja visual, auditiva ou cutânea (Aquino e col., 2004).
Então na prática o que acontece?
Na prática recorremos, por exemplo, à bola “de Pilates”, ao bozu (meia bola), ao rolo de espuma, ao TRX, procurando criar alguma instabilidade com o intuito de melhorar a estabilização dos movimentos, melhorar o equilíbrio, fortalecer as articulações e os ligamentos e desenvolver a consciência corporal. Se não tivermos material acessório, podemos treinar descalços, numa superfície diferente (relva, areia...) ou até mesmo, fazer algum exercício de olhos fechados.
O que se procura é aumentar a sensibilidade e “afinar” os movimentos, por isso os exercícios podem ser tão simples como ficar simplesmente em pé em cima de um bozu!
Este tipo de treino é sempre desafiante, divertido e os resultados vêem-se rapidamente. É um dos meus preferidos!!! Por isso é que sou a PT H e M - Harmonia em Movimento!
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