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Yoga, o caminho…


Muitas vezes ouço frases como “Vou praticar yoga para ficar mais calma(o)”, “A criança é muito nervosa, precisa de fazer yoga para acalmar”, “O yoga não é para mim, é muito calmo”, “Exercício no yoga? Preciso é de ir para o ginásio”, “Yoga? Alguma vez me consigo torcer assim?”, etc. Dou comigo a pensar “quanto desconhecimento têm estas pessoas!”.

Como afirmou, em tempos, Michio Kushi,

“O conhecimento abre as portas à liberdade. A arte de conhecer é a arte de ter consciência dessa liberdade. Todo o sofrimento advém da ignorância: ignorância daquilo que somos, de quem somos e do que somos. A arte de conhecer é desvendar o segredo da Vida, Felicidade e Vida Eterna”.


Para mim, yoga é conhecimento, é uma experiência mística, em que cada um escolhe o seu próprio caminho, um caminho de procura, um caminho de descoberta… um caminho até ao Eu. Por isso, qualquer que seja o caminho escolhido, o fim é sempre o mesmo: atingir o estado de superconsciência.


O caminho para o autoconhecimento começa com o Karma, ou seja, com a ação apropriada.

O karma começa com o desejo de um individuo, e esse desejo leva à ação.

Karma, o caminho da evolução (ou da individualização), remete à lei de causa e efeito na Natureza e de ação e reação na Física. É a consequência das nossas ações e omissões, tanto da vida atual, como das vidas passadas. Já lá diz o ditado: “Você colhe o que semeia”.

Segundo a filosofia Vedanta, cada um é responsável, pelo seu karma. Só se anula o karma quando não se tem desejos.

Na filosofia Vedanta, o conceito de karma está dividido em três: sanchita karma, agami karma e prarabdha karma. O sanchita karma é o karma acumulado ao longo das nossas vidas, é o karma acumulado de vidas passadas. O agami karma, ou kriyamani karma, refere-se ao momento presente, em que temos oportunidade de decidir o que fazer. É um karma potencial. O prarabdha karma é o karma de ações desta e doutras vidas passadas que estão a frutificar.


Quando pensamos antes de agir, podemos ter reações mais passivas e agir com retidão. A inteligência e a consciência (que é muito maior que a soma de inteligência e ego) permitem-nos parar e colocar as coisas na balança. Essa pausa antes de agir, essa consulta à consciência, é o verdadeiro caminho para a liberdade.


A prática de yoga torna-nos mais conscientes. Com o yoga aprendi que tudo é uma questão de controle, de medida certa, de acertar o ponto.


Praticar yoga é aprender a apreciar tudo com moderação, sem pressa. É olhar as situações pelo lado bom, focalizando sempre a solução e nunca o problema.

Para mim, o yoga é um caminho!

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